A exemplo do post Construindo uma maquete em 6 minutos, o ferromodelista Guilherme David produziu o vídeo acima mostrando o processo de construção de sua maquete H0 ao longo de 1 ano, na "quinta" da família. Veja o que ele conta sobre sua experiência:
Na verdade eu sou plastimodelista, mas gosto de todas as modalidades de modelismo em escala, incluindo ferreo e nautimodelismo.
Minha história com o ferreomodelismo começa há um bom tempo...
Em 1984 ganhei um Ferrorama XP400 da Estrela que me proporcionou o primeiro contato com o mundo dos trens em miniatura, por isso o guardo até hoje. Mas foi em 1989 que ganhei dos meus pais minha primeira “caixa básica” Frateschi de Natal que me abriu as portas ao ferreomodelismo em escala; logo depois ganhei também três caixas do sistema “Hobby trilho” e tive material para montar o traçado A+B+B, mas a falta de espaço impediu que eu pudesse fixar os trilhos e concretizar a construção de uma maquete (eu montava tudo no chão e depois desmontava e guardava).
Desde então venho idealizando montar, “algum dia”, uma tão sonhada maquete ferroviária. Sabia que concretizar a construção era questão de tempo, mas o eterno problema continuava sendo a falta de espaço. Finalmente, em abril de 2006 surgiu a oportunidade de meu irmão Rodrigo e eu montarmos a maquete lá na Quinta do meu pai, por ser o local com espaço apropriado e com o clima ideal de "fim-de-semana" que tem ligação direta com a prática de qualquer hobby, daí o nome "Maquinta" (maquete da Quinta). A escala da maquete é a mais difundida mundialmente – A escala HO, ou seja, 1/87.
Após estudar vários desenhos de esquemas de traçados e rabiscar bastante, pude então criar um que, em um espaço de apenas 2,50m x 1,20m, tivesse um pouco de cada detalhe que eu gostaria de ver em uma maquete. Em maio de 2006, finalmente cheguei a um traçado formado por duas linhas independentes, mas interligadas: Um oval externo e um trajeto interno. O percurso apresenta túneis, ponte, rampas, pátio de manobras e um virador de locomotivas, tudo interligado por onze desvios dois controladores.
Todos os trilhos que utilizei são da Frateschi, inclusive o virador de locomotivas.
No dia 25 de maio de 2006, chegaram os primeiros trilhos que permitiram montar uma prévia da linha externa e conferir se meu desenho condizia com as dimensões reais dos trilhos antes da confecção do tablado - Felizmente as medidas batiam e pude providenciar o tablado em compensado, com reforços em cruzes na parte inferior, apoiado sobre dois cavaletes. Antes de assentar qualquer trilho, tratei todo o tablado com “Jimo Cupim”, inclusive os cavaletes para evitar problemas futuros. Assim, a partir daí, a Maquinta tomou a forma que tem hoje...
Grande abraço Alex,
Guilherme
Obrigado Guilherme pela grande gentileza em dar este depoimento aos leitores do Minitrem. Tenho certeza que muitos ferromodelistas se sentirão inspirados pelo seu vídeo. Não só sua maquete é belíssima, com é também um grande exemplo de capacidade de realização.
E aí pessoal, quem gostou faz barulho! Use o Apite aí embaixo e deixe seu comentário. Conte a sua história!